Fazer pão em casa, em particular, é uma atividade que aumentou bastante desde que os americanos ficaram confinados em suas casas, em meio à pandemia de coronavírus. A hashtag #breadmaking (#fazendopão) tem mais de 500.000 postagens – e só cresce – no Instagram.
O ato de fazer pão não é apenas uma febre. Há uma razão pela qual é reconfortante para a mente, corpo e alma, segundo a terapeuta Laura Rhodes-Levin, fundadora do The Missing Peace Center for Anxiety, local que oferece diferentes formas de terapia para ajudar a acalmar o sistema nervoso
Rhodes-Levin, especialista em avaliação e tratamento de ansiedade, depressão e trauma, diz que o cozimento alivia o estresse e nos traz uma sensação de satisfação. “Qualquer coisa que nos conecta com o nosso corpo pode ser terapêutica”, explica ela. “Ele concentra nossa atenção na tarefa em questão, e não em nossos pensamentos ansiosos”.
A alegria de fazer pão também envolve nossos cinco sentidos:
Amassar a massa é uma atividade repetitiva, que faz as pessoas se sentirem focadas e produtivas. Enquanto nosso corpo está ocupado, nossas mentes têm espaço para relaxar e se concentrar.
Observar o aumento da massa desencadeia centros de prazer no cérebro. “Quando fazemos algo certo, mesmo que seja nivelar corretamente a quantidade de uma colher de sopa de bicarbonato de sódio, o centro de recompensa do nosso cérebro é acionado”, disse Rhodes-Levin.
O cheiro de pão fresco tem um efeito calmante. Isso desperta lembranças confortantes e familiares da infância.
Os padeiros geralmente descrevem que os pães estão estalando quando a crosta se contrai e esfria. Esses sons podem ser muito reconfortantes. “A comida é uma forte linguagem de amor, que ouvimos na infância; é assim que fomos nutridos”, explica Rhodes-Levin.
Depois, há o momento em que você morde sua obra-prima e encontra conforto em forma de carboidratos. Comer carboidratos aumenta a serotonina no cérebro, um neurotransmissor que promove a calma e o sono durante períodos de estresse.