6 de abril de 2020
Por Palmir
O pão nosso de cada dia em tempos de coronavírus

Dos mais tradicionais àqueles com um toque regional, o pão é, sem dúvidas, preferência na região Centro Oeste. Não por acaso, a região conta com nada menos que 4.600 padarias distribuídas entre Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. São fornadas de pães, doces, bolos e outros produtos que vão das padarias direto para os lares dos consumidores.

Por trás de cada pãozinho que chega à mesa dos campo-grandenses, está a figura popular e indispensável dos padeiros. 76% dos brasileiros consomem pão no café da manhã e 98% consomem produtos panificados.  Dos pães consumidos, 86% são artesanais, e 52% é do tipo francês.  Pesquisa mostra que, entre 2017 e 2018, o consumo do pão industrializado de forma cresceu 10,3%, enquanto o do pão francês teve queda de 11,8%.  Mesmo assim, a presença do pãozinho de padaria é bem maior —está em 84,1% dos lares. O industrializado está presente em 15%. O faturamento do setor em 2018 foi de R$ 92,63 bilhões.

«Os padeiros são a verdadeira força motriz da indústria de panificação e confeitaria. Estamos muitos felizes de reconhecer e homenagear esses profissionais dos quais nos orgulhamos profundamente, especialmente agora em que vivemos essa crise da pandemia do novo coronavírus e as pessoas estão em casa isoladas precisando de atenção e das guloseimas que as padarias podem oferecer», afirma Fábio Salomão Bezerra, presidente do Sindmassa-MS (Sindicato Intermunicipal dos Empregados Vinculados nas Indústrias de Fabricação de Massa Alimentícias, Biscoitos, Macarrão, Panificação, Confeitaria, Laticinios, Frigorificos Abatedores de Bovinos, Suinos, Levinos, Aves, Carnes e Produtos Derivados do Estado de MS).

Em um cenário na qual a venda de produtos de fabricação própria se torna cada vez mais importante para as padarias, a relevância de um bom padeiro é ainda maior.

Em 2019, esse tipo de vendas cresceu 5,87% em relação ao ano anterior. «A produção de fabricação própria vem sendo cada vez mais o ponto de apoio das padarias, com participação crescente no faturamento. Assim, contar com um bom padeiro é vital e indispensável para os negócios», reforça Salomão.

A profissão que alimenta também faz girar a economia. Embora não haja dados específicos sobre o número de padeiros no Estado, estima-se que o setor gere 920 mil empregos diretos e 1,8 milhões de vagas indiretas nas 70 mil padarias e confeitarias registradas no Brasil. Segundo último levantamento oficial, de 2018, cada padaria mantém, em média, 12 profissionais (área de produção e loja) contratados para atender as demandas diárias dos clientes que chegam em busca de produtos fresquinhos.

«Como padeiros, as pessoas se alimentam do pão e levam um pouco do nosso esforço e amor pela profissão, nem sempre valorizada monetariamente. Um pão gostoso, bem feito, traz alegria», garante Fábio Bezerra.

Como representante laboral da categoria no MS, Fábio Bezerra tem pautado a atuação sindical em favor dos padeiros, lutando pela sua valorização e boas condições de trabalho, mas ressalta a importância para o setor em manter os negócios funcionando para atender a população neste delicado momento da vida nacional em tempos de pandemia da coronavírus. “Estamos fazendo nossa parte neste cenário tenebroso e cremos que o nosso trabalho vai ajudar em muito nossa população a superar esta crise. Não vai faltar pães nas casas dos brasileiros”, garante o presidente do Sindmassa-MS.

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