24 de março de 2020
Por Palmir
Coronavírus começa a forçar parada de frigoríficos de MS

A doença colocou em alerta os frigoríficos sul-mato-grossenses

Como já imaginado, a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) em todo o mundo vem atingindo os frigoríficos de MS. De acordo com o presidente do Sicadems (Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul), Sérgio Capucci, a doença colocou em alerta os frigoríficos sul-mato-grossenses, provocando a redução das exportações para os grandes mercados mundiais e a diminuição no quadro de funcionários.

Em MT, por exemplo, a partir da próxima segunda-feira (23) a Minerva Foods vai dar férias coletivas para os funcionários das unidades de Mirassol D’Oeste (MT) e Paranatinga (MT).

Capucci alega que o segmento está tomado medidas para se prevenir contra a proliferação do novo coronavírus e algumas plantas já estudam a concessão de férias coletivas, como é o caso da unidade do JBS em Nova Andradina (MS), enquanto outras reduziram o efetivo de colaboradores que se encaixam no grupo de risco da doença. Essa unidade do JBS tem, aproximadamente, 650 funcionários e é responsável pelo abate de pelo menos 600 a 650 cabeças por dia.

A pandemia vem causando barulho até mesmo nos frigoríficos de MS

“As medidas rotineiras de higienização foram redobradas para evitar a contaminação dos nossos funcionários, evitando uma redução ainda maior no quadro de trabalhadores”, informa.

Na unidade do Frigorífico Naturafrig, localizada em Rochedo (MS), 100, dos 750 funcionários, ou seja, 14% estão afastados, incluindo os que estão acima de 60 anos de idade e as mães que não têm onde deixar os filhos devido à suspensão das aulas nas redes públicas e privadas.

“Outra medida adotada é a aferição de temperatura corporal dos funcionários na entrada do frigorífico. Aqueles que não estão em condições de trabalhar, já são liberados para ir para casa”, disse o presidente do Sicadems, que também é sócio-proprietário do Naturafrig.

Ainda de acordo com ele, a situação é preocupante para a indústria frigorífica sul-mato-grossense. “A carne é um produto perecível. Estamos apreensivos, adotando uma série de cuidados, mas podemos enfrentar problemas com logística, se faltar embalagens ou etiquetas, por exemplo, vai comprometer o funcionamento dos frigoríficos e teremos que parar as atividades”, alertou, lembrando que hoje o segmento conta com 110 plantas responsáveis por 27.213 mil trabalhadores com carteira assinada no Estado.

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